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segunda-feira, março 19

Alimentação saudável: fique atenta aos hábitos que você passa aos seus filhos A alimentação saudável dos filhos é resultado do que eles aprendem com os pais. Fique atenta à rotina da sua casa e melhore o paladar dos pequenos

Um dos ensinamentos de Jamie Oliver, o chef inglês do momento que conseguiu revolucionar a merende de seu país, é que os pequenos podem se sujar à vontade na hora das refeições. "A alimentação é uma experiência sensorial completa", diz o pediatra e consultor do Ministério da Saúde Carlos Eduardo Correa. Se a experiência for boa, aumentam as chances da criança querer experimentar coisas novas.

Entre os 2 e os 3 anos de idade, ela começa a entender o porquê das regras de etiqueta, tem habilidade para usar a colher. "As boas maneiras devem ser introduzidas como parte do processo de aprendizagem, com naturalidade", diz a psicóloga Daniela Andretto.

Entrada liberada
Pesquisadores em pedagogia da Universidade de Colúmbia, Nova York, descobriram que preparar comidas saudáveis junto com as crianças afeta seus hábitos alimentares de maneira positiva. Aproximadamente 600 crianças de 6 a 12 anos que participaram de aulas de culinária e nutrição começaram a comer mais grãos e vegetais. "É importante envolvê-las no preparo da comida, inclusive na compra, para que elas possam conhecer a variedade de alimentos que existe", diz a nutricionista infantil Ana Carolina Elias de Almeida. Tudo isso é possível com os devidos cuidados: os pais devem ficar sempre de olho e nunca deixá-las sozinhas na cozinha.

Longe das mãos, perto dos olhos
Toda casa deve ter um pouco de guloseimas, mas estudos da Universidade de Penn State, nos EUA, sugerem algo que a gente, no fundo, já sabe: alimentos proibidos são mais desejáveis. "Isso gera ansiedade na criança", diz Ana Carolina. Para solucionar o problema, a nutricionista sugere moderação por parte dos pais e muito diálogo: "É um bom momento para trabalhar a questão dos limites e explicar que tem a hora e quantidade certa para comer".

Chantagem emocional
Outra questão que contribui para a neurose da alimentação é a velha negociação. O famoso "come brócolis que eu te dou um presente". Pesquisadores da Penn State ofereceram às crianças figurinhas e horas em frente a TV em troca de um bom prato de verduras. Constataram que as crianças até comeram os legumes, mas aumentaram, e muito, sua implicância com os alimentos verdes.

Juntos à mesa
Comer junto é um ritual. "É uma atividade social que pode começar desde o sexto mês, quando o bebê já consegue sentar. A criança olha os pais comendo e imita. Quer fazer parte do grupo", diz Carlos. Nesse momento, ela aprende por imitação, inclusive, as boas maneiras. Mas a família deve sempre buscar uma alimentação comum e equilibrada que atenda às necessidades das crianças e dos adultos.
Fonte: mdemulher.abril.com.br