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terça-feira, março 27

Substituir a carne vermelha pode ajudar a ter uma vida mais longa e saudável

Alimento pode ser substituído por leguminosas, cereais e oleaginosas

27 Março 2012 -

Substituir a ingestão diária de carne vermelha por leguminosas (soja, feijões e lentilha), cereal (arroz selvagem, aveia e milho) e pelas sementes oleaginosas (castanha, noz e amendoim) pode ser o caminho para uma alimentação mais saudável e uma vida duradoura. Uma pesquisa recente, feita por pesquisadores da Universidade de Harvard, em Massachussets, nos EUA, dá evidências que comer carne vermelha todos os dias aumenta o risco de morte prematura em 13%. Se a ingestão diária for de carne processada, presente na salsicha, linguiça e nos embutidos, o risco pula para 20%. Conforme a nutróloga Isabela M. B. David, para ter hábitos saudáveis, não é preciso riscar a carne e seus derivados do cardápio, basta consumi-los com moderação.

Os especialistas norte-americanos chegaram aos resultados depois de acompanharem os hábitos alimentares de 120 mil pessoas, 37.698 homens durante 22 anos e 83.644 mulheres por 28 anos. Os participantes que comeram uma porção diária de carne vermelha, cerca de 85 gramas, apresentaram um risco 13% maior de morrer do que aqueles que a ingeriram com menos frequência. Quem consumiu carne processada registrou um risco 20% maior.

Conforme os autores, entre 7% a 9% das mortes poderiam ter sido evitadas se os participantes tivessem comido menos da metade da porção diária de carne vermelha. A nutróloga Isabela compartilha da opinião dos pesquisadores e acredita que reduzir a ingestão do alimento e equilibrar a alimentação é a melhor saída. “Não precisamos nos prender a variações estatísticas, devemos, sim, optar pela carne vermelha magra, com pouca gordura. Já a ingestão de carne processada deve ser ocasional. A moderação é sempre uma recomendação sensata”, diz a nutróloga.

Apesar de recomendar a redução do consumo de carne vermelha, Isabela ressalta que as carnes bovina, de vitela e suína são imensas fontes de nutrientes como ferro e zinco. A ingestão também é uma excelente fonte de acesso às vitaminas B12 e B6, além da niacina.

A nutróloga cita Walter Willet, um dos maiores epidemiologistas do mundo, da Escola de Saúde Pública de Harvard, para explicar que a dieta saudável deve manter uma proporcionalidade de alimentos. Walter criou um modelo de pirâmide alimentar, no qual a carne vermelha ocupa o topo, devendo ser consumida, em geral, de uma a duas vezes por semana. Para não perder os nutrientes e ter uma vida mais saudável, a dica é incluir peixes, ricos em ácido graxo ômega-3, carnes de ave sem pele, ovos e laticínios com baixo teor de gordura na sua dieta.

Confira receitas que ajudam a reduzir a ingestão de carne vermelha, mas são igualmente nutritivas